terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Só CRISTO salva!


Nasci num berço cristão, e desde pequena observava a dinâmica de cultos doutrinários aos domingos pela manhã e cultos evangelísticos aos domingos à noite. Durante anos da minha vida, ouvi dominicalmente apelos baseados na verdadeira e inquestionável declaração de que "só Jesus Cristo salva". De fato, vi igrejas crescendo e se multiplicando a partir deste apelo, e sequer posso imaginar quantas vezes fui conselheira de novos decididos, ao final da última estrofe de hinos, como "vem já, vem já, alma cansada vem já" e "Cristo vai hoje passar". Vi com alegria e gratidão a Deus pessoas respondendo ao apelo e "entregando suas vidas a Jesus", "convidando Jesus para entrar em seu coração" e "recebendo Jesus como seu Salvador pessoal".Especialmente esta última expressão "receber Jesus como Salvador pessoal", sintetiza o evangelicalismo ocidental, norte-americano, de tradição histórica tradicional, muito bem representada pelo evangelismo pessoal baseado nas "quatro leis espirituais", que conduziram milhares de pessoas aos pés da cruz do Calvário. Esta proposta de "salvação pessoal através de Jesus". Isto é, salvo em Cristo é aquele que tem seus pecados perdoados, sendo, portanto, justificado por Deus, mediante a fé, de modo a desfrutar do fato de nenhuma condenação pesar sobre os que estão em Cristo(Rm 5-1 e 8-1).Tendo recebido Jesus como Salvador pessoal e o perdão para seus pecados, que tipo de gente você se tornou? Em outras palavras, a essência da mensagem cristã não é que "só Cristo salva" ou "Cristo perdoa seus pecados". O perdão dos pecados mediante a fé no sacrifício de Cristo na cruz do Calvário não é o fim, mas o meio. O fim é a formação do homem à imagem de Jesus Cristo (Gl4.19; Cl1.28; IITm3.16,17). Na verdade, somente o homem formado à imagem de Cristo evidencia que um "recebeu Jesus como Salavador pessoal e teve seus pecados perdoados".Atos 2 registra o primeiro sermão evangelístico da história do Cristianismo, cujo conteúdo pode ser resumidona contundente declaração do Apóstolo Pedro: "Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo."Não houve necessidade de apelo, pois a multidão compungida perguntou: "E agora, que faremos?" Pedro mais uma vez foi claríssimo: " Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo"(2.36-38).A essência desta resposta não está no batismo, nem mesmo na remissão dos pecados, mas no arrependimento para a possibilidade de participação na comunhão do Espírito Santo. Arrependimento não é lamento, é metanoia, transformação.A comunhão no Espírito Santo implica necessariamente pessoas transformadas - aliás, gradativamente transformadas, de glória em glória, pelo Espírito, segundo a imagem de Jesus (IICo3.18).Este é o fim da salvação.E, nesse caso, a salvação é um relacionamento com Deus, através do qual experimentamos a vida abundante que há em Jesus mediante a dinâmica do Espírito Santo. Cristão é aquele que está se tornando, cada dia, como Cristo. Este, sim, está salvo.

Que Deus abençoe a sua vida cada dia mais.
Amém!

domingo, 31 de janeiro de 2010

Jesus nos liberta do pecado?

Nossa liberdade costuma ser mais um anseio ou um sonho do que uma realidade. Costumamos atribuir essa falta de liberdade a outras pessoas, às circunstâncias ou às estruturas, mas a verdade é que os culpados somos nós, que somos pecadores. Porque o pecado nos rouba Deus, que é a Liberdade. É o pecado (pessoal ou coletivo) que nos tira a liberdade que Deus nos deu na criação.O pecado nos engana, como Adão e Eva foram enganados no paraíso. Perdemos a liberdade porque pensamos que estávamos levando vantagens, que poderíamos ser "como Deus".Felizmente Jesus Cristo, o Filho de Deus em quem fomos criados livres, e que é o protótipo do ser humano perfeito para o qual todos tendemos, vem nos salvar. Jesus se encarnou para que pudéssemos enxergar o ideal humano para o qual fomos criados com infinito amor.Entretanto, como já éramos pecadores, Ele também veio para nos recriar, para que pudéssemos renascer outra vez.